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Sistemas inteligentes, que permitem navegar e consumir diversos tipos de conteúdo na sua tela, de maneira online saber maisa tecnologia iptv
Tecnologia adequada é, indubitavelmente, um dos mais importantes habilitadores do movimento triple play.
As soluções existentes de rede fixa e de TV – apesar de exibirem requisitos diferentes, pois tipicamente partem de pontos de origem distintos – têm desafios semelhantes relativamente à identificação, aquisição e implementação (e integração com as redes já existentes, quando aplicável) das plataformas mais adequadas para viabilizar a oferta triple play.
Quanto à implementação de uma oferta triple play sobre uma rede fixa de telefonia (par de cobre), a solução contempla, entre outras, a utilização de tecnologias que incluem:
Redes de acesso e agregação
Suportados em DSLAMs (DSL access multiplexer) e comutadores Ethernet/B-RAS (broadband remote access server), os sistemas ADSL2+ estão na ordem do dia.
Alguns players começam a apresentar ofertas baseadas no emprego de sistemas ópticos (FTTx), que oferecem uma capacidade superior que, apesar de terem custos de implementação mais elevados, se levarmos em consideração a tecnologia de compressão permitem potencializar ainda mais este investimento em infra-estrutura de acesso.
Plataformas IPTV
Que compreendem pelo menos:
- Um head-end Onde ficam localizadas as antenas que recebem os sinais que, em seguida, são processados e multiplexados para distribuição, formado por receptores, codificadores, descodificadores e servidores de vídeo, entre outros elementos complementares;
- Set-top-boxes Aparelhos empregues no utilizador final e ligados ao televisor para reprodução dos sinais e outras informações;
- Sistemas de DRM Software para controlo de acesso e proteção de direitos de autor associados ao conteúdo distribuído;
- Middleware Software para controlo do sistema de TV;
- Plataformas de gestão e faturação.
Plataformas para telefonia IP
Referem-se à infra-estrutura e são compostas por switches e gateways, entre outros equipamentos.
Naturalmente, assume-se que tais plataformas são implementadas sobre uma rede IP/MPLS (multi protocol label switching), idealmente parametrizada para fazer uso de uma gestão de tráfego proativa (visando a optimização de recursos) e técnicas de QoS (quality of service) com o objetivo da criação de politicas de prioridade seletiva do tráfego.
Além disso, é preciso investir em plataformas de gestão (OSS – operation support systems) que forneçam o suporte – especialmente do ponto de vista da gestão de falhas e desempenho – à operação da infra-estrutura triple play.
Por último, mas igualmente relevante, é a importância de estruturar a plataforma de faturação ajustada a esta nova forma de prestação de serviços.
Quanto à implementação de uma oferta triple play sobre uma rede de TV tradicional, o cenário é um pouco diferente:
As grandes redes de distribuição de TV já usam IPTV para parte de seu transporte, especialmente na transmissão entre head-ends e hubs, no entanto, para o utilizador final, o conteúdo de vídeo é transportado por portadoras digitais QAM.
A tecnologia que vai suportar o tráfego necessário para a associação de múltiplos conteúdos (canais simultâneos) através de um mesmo gateway (cable modem) é o DOCSIS 3.0. Atualmente esse protocolo está a ser desenvolvido pela Cable Labs e espera-se que a versão 3.0 do DOCSIS possa suportar tráfego até 300 Mbps por cable modem.
Entre os desafios para a oferta de uma solução triple play sobre uma rede de TV tradicional, temos:
Digitalização do head-end
A escolha do padrão de TV digital a ser adotado para implementação, adequação da compressão e alinhamento da grelha de programação ao espectro de frequências disponível é fundamental.
Gestão de redes
A adoção de um modelo de gestão de redes adequado à oferta de múltiplos serviços (Pacotes de TV, Internet e Telefonia) para o mesmo utilizador, bem como a interface da solução com os demais sistemas de controlo existentes (CRM, Facturação, ERP etc.) é primordial.
Redes “tronco” ou principais
A utilização simultânea de tráfego de voz e dados gera a necessidade de construção de redes “tronco” ou principais (backbones), para suporte sem falhas de uma grande largura de banda e partilha de outras funcionalidades como a gestão e segurança dos sistemas.
A GESTÃO DOS NOVOS SERVIÇOS EM IP
Considerar a rede de transporte como o único problema na gestão da qualidade é deixar de considerar outros pontos ainda mais críticos:
Numa rede IP em que o serviço é transportado em tempo real (seja ele de voz ou dados), características que sempre puderam ser de certa forma ignoradas quando se pensava somente em dados, agora fazem toda a diferença.
Preocupações com atrasos, “jitter” e sequência de pacotes influenciam a camada de aplicações e, consequentemente, o serviço de voz e vídeo, o que torna indispensável um bom projeto de QoS.
A grande questão é como gerir serviços tão sensíveis numa rede IP, pelo que, para estes, são necessárias novas métricas para garantir uma qualidade idêntica ou superior à que todos nós já estamos habituados com os serviços tradicionais de voz e imagem.
A indústria e os fabricantes de ferramentas de desempenho estão a começar a adaptar-se a este novo cenário, em que novas métricas devem ser adicionadas aos sistemas, trazendo aos centros de gestão uma visão importante da qualidade sobre a rede de transporte IP que, na verdade, nada mais é que uma grande batalha por largura de banda e prioridades.
Este cenário de evolução faz-nos observar com mais critério os novos serviços de voz, vídeo e dados e procurar, não só plataformas simples, escaláveis e interoperáveis, mas também parceiros que compreendam os desafios técnicos do transporte e saibam apresentar soluções que permitam gerir e, no mínimo, manter os novos serviços com a qualidade da experiência corrente nos serviços tradicionais.
IPTV – A INTERATIVIDADE NUM TOQUE
Uma das grandes vantagens do IPTV é a possibilidade quase ilimitada de agregação de novos serviços, sejam eles de comunicação ou entretenimento.
Dada a forma de integração via IP, é possível adicionar serviços jamais imaginados no formato tradicional de TV.
A criação de conteúdos de difusão por TV, considerando as interações em tempo real, está a revolucionar a indústria da produção.
A ideia é ter programas ao vivo em que os telespectadores possam controlar jogos, corridas, resolver questões, ter interação com DJ’s em programas de música, tudo isso com a possibilidade acrescida de premiar quem participa.
Aceder rapidamente aos detalhes de um produto após sua exposição publicitária, poder acionar jogos de alta resolução sem necessidade de equipamento especial, simplesmente utilizando o controle remoto da set-top box ou um joystick acoplado, aceder ao menu do restaurante e encomendar o jantar ou uma bebida on-line enquanto assiste a um filme, são algumas possibilidades entre tantas outras.
Enfim, quanto mais a tecnologia amadurece, mais aumenta o leque de oportunidades de novas receitas e novos serviços, sempre com o objetivo de atrair e manter clientes.